Pandeiro é um instrumento musical de percussão com rodelas (soalhas)
duplas de metal enfiadas em intervalos ao redor de um aro de madeira. Pode ser
brandido para produzir som contínuo de entrechoque, ou percutido com a palma da
mão e os dedos.
De origem árabe, o pandeiro, inicialmente, consiste de um aro de madeira,
com pequenas aberturas - as soalhas - e se tocava de modo simples, com batidas
de mão para marcar o tempo, ou como complemento de dança, principalmente a
cigana. Tornou-se conhecido também na Europa, sendo popularmente utilizado na
Itália e Espanha, e até alcançou as orquestras, na execução da ópera Preciosa,
de Weber. No Brasil, quando surgiu o choro, no final do século passado, o
pandeiro veio dar o toque final ao ritmo marcante e brejeiro, inicialmente
executado ao piano e instrumentos de corda e de sopro.
De início, os pandeiros eram fabricados de forma simples, sem apuro
técnico. Hoje, alguns fabricantes se esmeram na sua confecção, utilizando
membrana de pele de cabra para se conseguir, no pandeiro, os sons graves do
surdo e platinelas de metais nobres para se alcançar um som brilhante e
preciso.
Os pandeiros mais utilizados têm diâmetro de 10 polegadas, porém
eles existem também com diâmetro de 10.5, 11 e 12 polegadas. Conforme
o tamanho do aro, o número de platinelas varia de 5 a 10 pares.
Pandeiristas existem por todos os rincões do Brasil, seja atuando em
conjuntos de choro e de samba, em orquestras, e até aqueles que simplesmente
carregam seu pandeiro aonde quer que vão, tocando em reuniões musicais. Na
história da MPB, têm sido muitos os pandeiristas ilustres, tantos que não
daríamos conta de citar todos, sem cometer injustiças.